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Equipe do HC recebe treinamento para evitar contágio no atendimento a pacientes

Equipe de saúde da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (FHCGV) participa de treinamento de intubação para pacientes suspeitos, ou confirmados, de infecção pelo novo coronavírus.  O objetivo é orientar para que os profissionais da assistência não fiquem expostos a riscos, e tenham segurança na hora do atendimento ao paciente. Os treinamentos estão sendo realizados em todos os setores assistenciais do hospital desde terça-feira (31).

 

Rafael Araújo, fisioterapeuta diarista da FHCGV, é o facilitador dos treinamentos. Ele explica que cada profissional de saúde tem sua função no momento da intubação, e que enfatiza a importância da equipe estar organizada e sincronizada no processo, o que diminui os riscos para a equipe e para o paciente. 

 

Um dos pontos que fazem a diferença nesse treinamento, segundo o fisioterapeuta, “ é que em nenhum momento pode haver escape de ar do paciente para o ambiente. Para não correr risco de contaminar a equipe,  decidimos colocar um êmbolo de uma seringa no tubo utilizado no processo de intubação orotraqueal, para que o tubo fique vedado durante todo o procedimento”. Essa vedação só vai ser retirada no momento em que o tubo estiver pinçado e conectado no ventilador mecânico, sem mais risco do ar voltar. “Essas medidas são para que o ar do paciente, que pode ser um meio de contágio não se dissemine para a equipe que está envolvida nesse atendimento. O que cada um faz é importante, porque quanto mais sincronizado e organizado é o processo, menos riscos para a equipe e para o paciente”, explica o fisioterapeuta. 

 

A médica Renata Alves, que atua na Clínica Mèdica da FHCGV, avalia positivamente o treinamento, e aponta alguns dos seus aspectos mais importantes. “Esse treinamento ressalta situações específicas que tem que ser observadas durante a intubação orotraqueal de pacientes suspeitos ou confirmados pela infecção do novo coronavírus. Intubar a gente já sabe, fazemos isso regularmente, mas existem pequenos detalhes que fazem toda a diferença na hora em que você tem que preservar a saúde de toda a equipe que está envolvida no processo do cuidado”, explica a médica

 

Para Ivete da Luz Pereira, que é técnica de enfermagem da Clínica Médica na FHCGV, “o treinamento foi muito importante, nós estamos assustados, tem poucos estudos sobre esse vírus e esse momento nos orienta a como não nos contaminar e como ajudar o paciente a sair do sofrimento para que ele volte para casa com saúde”, ressalta a técnica.

 

Intubação orotraqueal – É um procedimento pelo qual o médico introduz um tubo na traqueia do paciente, através da boca ou do nariz, para mantê-lo respirando quando alguma condição impede sua respiração espontânea.

 

A intubação endotraqueal pode ser feita em situações de urgência, como no edema de glote, por exemplo, ou eletivamente, como nas cirurgias que demandam anestesia geral. Ela é feita para proporcionar uma via aérea desobstruída, quando o paciente tem dificuldades respiratórias que não podem ser tratadas por meios mais simples.

 

Em geral, as suas indicações em quadros patológicos com parada respiratória e/ou cardíaca, insuficiência respiratória grave, obstruções das vias aéreas ou presença de secreções abundantes da chamada árvore pulmonar profunda.

 

 

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